19.1.09

Blanco, 2007

jogo de xadrez de plástico sobre livros
45cm x 45cm
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O poema Blanco, de Octavio Paz, e sua tradução para o português, de Haroldo de Campos, servem de tabuleiro para um jogo de xadrez no qual todas as peças são "brancas". Na verdade elas são azuis, mas no xadrez sempre se chama as peças de brancas, mesmo elas sendo beges, amarelas, de madeira ou mesmo azuis. Este lapso de linguagem, chamar algo que não é branco de branco, alude aos lapsos e "traições" tão discutidos no campo da tradução, assim como o jogo entre dois "adversários" de uma mesma cor: um texto e sua tradução são, ao mesmo tempo, a mesma coisa e coisas diferentes.
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