16.2.22

Drogaria, 2021

40 x 140 cm 
jato de tinta sobre papel algodão
edição de 5 + p.a.
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Drogaria mimetiza uma prateleira de remédios. O desenho gráfico das caixas distribui textos que se adaptam às funções informacionais e seus lugares de praxe, nos modelos de embalagens. Textos curtos, de sentido imediato ou fragmentado, apresentam-se como informações na região de títulos, slogans e indicações de uso, enquanto textos de articulação estendida esboçam narrativas que saltam por vários lugares nas embalagens, ou concentram-se nas tarjas vermelhas e pretas.

Com várias vozes, entre líricas, narrativas e quase ensaísticas, em Drogaria a escrita se adequa ao espaço gráfico-físico das embalagens de remédios e a uma afinação sonora e rítmica que aproxima a obra de questões da poesia. Nessa cacofonia de vozes e assuntos, Drogaria procura criar mais uma atmosfera textual do que uma narrativa clara e linear, na qual as subjetividades - entre a intimidade e a macro-política - são assediadas por modelos de patologização e por tecnologias farmacêuticas.


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