24.9.10

ARTE E MUNDO APÓS A CRISE DAS UTOPIAS, assim mesmo, em CAIXA ALTA e sem notas de rodapé, 2010

escrito em parceria com Daniela Castro
Editora par(ent)esis, Florianópolis, SC
1000 exemplares
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Em 2009, eu e Daniela Castro escrevemos este ensaio para o II Concurso Mário Pedrosa de Ensaios sobre Arte e Cultura Contemporâneas, pela Fundação Joaquim Nabuco, de Recife, que tinha como tema o título: Arte e Mundo após a Crise das Utopias. Não ganhamos. No final deste mesmo ano, este texto fez parte da exposição El Mal de Escritura, no MACBA, Museu de Arte Contemporânea de Barcelona, Espanha. Em 2010, Regina Melim nos convidou para lançar o ensaio em livro, pela editora par(ent)esis.
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imagens do livro, com projeto gráfico de Giorgia Mesquita
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A seguir, imagem de ARTE E MUNDO... no livro Estratégias Expansivas, Publicações de Artistas e Seus Espaços Moventes, editado por Michel Zózimo da Rocha, Porto Alegre, 2011, primeira edição de 2.000 exemplares.
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Abaixo, Fabio Catador, ARTE E MUNDO APÓS A CRISE DAS UTOPIAS, blá blá blá e Diccionário para Road Movie na Amazonian Library, biblioteca dentro da exposição Microclima Zurich Tropical, curadoria de Pablo León de la Barra. Esta exposição, entre janeiro e abril de 2012, faz parte do projeto Human Valley, Kunsthalle Zürich, Zurique, Suíça.

Fotografia de Pablo León de la Barra.


Abaixo, a introdução do ensaio:
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INTRODUÇÃO
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Para escrever sobre ARTE E MUNDO APÓS A CRISE DAS UTOPIAS, usou-se o recurso de tentar entender cada palavra e como cada uma se relaciona com as outras. Onde se contaminam, se traem, se contradizem, se explicam, se amparam. Como lidar com palavras significa fatalmente escorregar na ficção, estratégias do campo literário foram adotadas em detrimento de estratégias do campo dissertativo. Esta escolha não significa que se alcançou a literatura, mas sim uma dissertação que se socorre na ficção, pois acha nela a generosidade da liberdade da forma como guia.
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Aqui, tudo foi escrito a quatro mãos, por dois cérebros e duas paixões. Provavelmente porque o enunciado proposto já antevê a dupla (ARTE e MUNDO) e a UTOPIA sempre quis o outro, e talvez não possa abrir mão desse querer.
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O texto é dividido por capítulos que aparentemente o estruturam. Porém, o efeito é o de um craquelamento do discurso. Não é uma ode ao caos. Muito pelo contrário: apenas uma desconfiança de que mosaicos ou caleidoscópios produzam imagens organizadíssimas e ressignificantes do figurativo.
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Há bastante tempo que, para se entender o mínimo possível, agarra-se às palavras, uma a uma, para que elas fatiem tudo em micro pedaços digeríveis. Mesmo elas sendo o cúmulo da abstração. Mesmo elas tendo a bile fraca.
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